Design e Construção
A Smart tv LG Oled C3 é uma das TVs mais desejadas atualmente no Brasil, e não é à toa. Estamos falando de um painel 4K OLED de 65 polegadas com taxa de atualização de 120 Hz. Mas será que essa nova geração traz melhorias significativas em relação à C2 ? Vamos descobrir.
O design da C3 é praticamente idêntico ao da C2, sem diferenças externas aparentes. Isso não é necessariamente ruim, pois a LG vem trabalhando nesse visual há uma década, buscando sempre fazer uma TV OLED mais fina possível. Agora, eles chegaram ao ápice desse design, com um painel mais fino que um celular. Apesar desse visual ultra fino, fiquei impressionado com a robustez da estrutura da tela. A parte de trás tem um acabamento em alumínio texturizado, que além de dar um toque premium à TV, deixa a estrutura bem mais rígida.
Os tamanhos disponíveis da C3 variam de 42 a 83 polegadas, atendendo a diferentes necessidades e preferências dos consumidores. A base da TV, que fica no centro, é a mesma utilizada na C2. Embora seja uma estrutura única, ela não é muito estável, ficando muito balançante com qualquer movimento. Por isso, recomendo que a TV seja fixada na parede, evitando a possibilidade de acidentes, especialmente se você tiver crianças em casa.
No quesito de conectividade, a C3 conta com quatro entradas HDMI 2.1, três portas USB, uma saída óptica digital, uma entrada de antena e cabo de rede. É bom saber que todas as entradas HDMI são 2.1, o que permite aproveitar os 120 Hz em 4K, independentemente de qual entrada você utilizar.
Qualidade de Imagem
A tecnologia OLED é bem diferente dos painéis LED que estamos acostumados a ver. Nesse tipo de tela, cada pixel se ilumina individualmente, o que permite um contraste perfeito, com pretos profundos e zero vazamento de luz. Isso proporciona uma experiência visual incrível, especialmente em cenas escuras, como em filmes de ação e suspense.
O processador da TV, com o auxílio da inteligência artificial, sabe exatamente quais pixels devem ser iluminados e em que quantidade de brilho, garantindo um desempenho excepcional no sistema HDR. Isso significa que, em uma cena com uma explosão em um ambiente escuro, o fogo terá o máximo de brilho possível, sem vazar iluminação para o resto da imagem.
A C3 oferece várias opções de configurações de HDR, como modo vivo, padrão, cinema, otimizado para jogos e o clássico Filmmaker Mode. Você também pode criar um perfil personalizado, que ficará salvo nas configurações da TV.
Upscaling e Ângulos de Visão
Assim como a maioria das TVs 4K do mercado, a C3 possui a função Upscale, que aumenta artificialmente a resolução dos conteúdos que você assiste. Isso significa que, mesmo assistindo a um vídeo no YouTube em Full HD, a TV irá utilizar inteligência artificial para transformá-lo em algo próximo a 4K. Esse sistema é ótimo e, quando combinado com a interpolação de quadros, a imagem fica nítida e fluida, mesmo com o conteúdo original tendo baixa taxa de quadros e resolução.
No quesito ângulo de visão, não há como competir com uma TV LED. Independentemente do ângulo em que você assiste, as cores e a nitidez permanecem excelentes, tanto em ambientes claros quanto em ambientes escuros. Soma-se a isso o contraste proporcionado pela tecnologia OLED, e você terá uma experiência extremamente imersiva.
Sistema Operacional: WebOS 23
A C3 vem equipada com o sistema operacional WebOS 23 da LG. A principal melhoria dessa nova versão são as recomendações baseadas na experiência do usuário. No entanto, não gostei muito do novo design, que ocupa metade do painel com um card de propaganda, empurrando as funcionalidades importantes para a parte inferior.
Apesar disso, o sistema operacional se mantém fluido e responsivo, sem problemas de travamento durante os testes. É um sistema operacional típico de topo de linha, atendendo bem às necessidades dos usuários.
Jogos
A LG posiciona a C3 como uma TV gamer, e isso é verdade. Ela possui suporte tanto para a tecnologia Nvidia G-Sync quanto para a AMD FreeSync Premium, garantindo uma experiência livre de artefatos. No modo otimizador de jogos, é possível configurar a taxa de atualização, a redução da luz azul e a redução do input lag, entre outras opções.
Se você não tiver um computador ou console forte o suficiente para aproveitar os 4K a 120 Hz, você pode tentar usar o serviço de jogos em nuvem do GeForce Experience. Em jogos como o Fórmula 1 nessa TV, e a experiência de imersão é absurda, especialmente quando jogando com volante.
Controle Remoto e Som
O controle remoto da C3 é o tradicional Smart Magic da LG, que é muito bom. O ponto forte dele é a navegação por ponteiro, que facilita a interação com os botões da TV. No entanto, ainda sinto falta do botão dedicado ao YouTube.
Quanto ao sistema de som, fiquei surpreso positivamente. Apesar da TV ser extremamente fina, a LG conseguiu criar um conjunto de áudio satisfatório, com 2.2 canais e 40 watts de potência. Se você estiver em um ambiente silencioso, é possível utilizar o som da TV, desde que o volume fique abaixo de 40%. Acima disso, a qualidade do áudio começa a se perder.
Cuidados com o Burn-in
Assim como todos os painéis OLED, a C3 também requer alguns cuidados para evitar o problema do burn-in. O principal deles é evitar o uso contínuo da TV por longos períodos de tempo. Essa é uma realidade dos painéis OLED, diferente dos LCD e Mini-LED, que não enfrentam esse problema.
Felizmente, a LG já implementa algumas funcionalidades na TV para ajudar a prevenir o burn-in, como o Pixel Refresh, Pixel Shifting e o ajuste de brilho de logos. Essas opções vêm ativadas por padrão, então você não precisa se preocupar em configurá-las manualmente.
Vale a Pena Comprar a LG Oled C3?
A LG C3 foi lançada em 2023 e, no momento em que escrevo este texto, custa entre R$ 11.000 e R$ 13.000 na versão de 65 polegadas. Em comparação, a C2 do ano passado, uma das melhores TVs que testamos, custa cerca de R$ 9.000.
Honestamente, por essa diferença de preço, eu recomendaria a compra da C2. Afinal, a estrutura física, as entradas e o painel OLED são os mesmos. A principal mudança é que a C3 possui um processador mais avançado, o que lhe permite entregar um pouco mais de brilho. No entanto, essa melhoria só será perceptível se você utilizar a TV em ambientes extremamente claros.
Outra opção interessante é a S90C, a primeira TV OLED da Samsung lançada no Brasil. Ela possui um painel próprio com tecnologia Quantum Dot, o que lhe confere cores ainda mais vibrantes. No entanto, o sistema operacional Tizen é menos fluido que o WebOS da LG.
Por fim, vale a pena ficar de olho na X9900LS, da Toshiba. Ela utiliza o mesmo painel OLED da LG, mas tem um sistema de som embutido muito superior e o sistema operacional Google TV, que considero o mais intuitivo do mercado. O ponto negativo é a disponibilidade limitada de tamanhos, com apenas a versão de 65 polegadas.
Portanto, se você está buscando uma TV OLED de última geração, a C3 é uma excelente opção. Mas, levando em conta a relação custo-benefício, a C2 do ano passado ainda é uma escolha mais atraente, a menos que você tenha a necessidade de um brilho extra em ambientes muito claros.